sábado, 10 de janeiro de 2009

1. A VIAGEM.

Finalmente as aulas acabaram, já posso sentir o gostinho de férias. Esse ano foi bastante puxado,mas,estou acostumado a passar de ano me arrastando, fiquei em recuperação final em física , matématica e a bendita biologia e como sempre minha mãe dizendo as mesmas palavras ,
"Filho, falei para você estudar durante o ano, se tivesse me ouvido não precisaria ficar estudando até dezembro" e bla bla bla, a mesma coisa todo ano.
Agora que toda essa chatisse passou , a melhor coisa que tenho a fazer é viajar.A galera da minha turma estava programando uma viagem para Ouro preto,um município brasileiro do estado de Minas Gerais, famoso por sua magnifica arquitetura colonial.E é para esse lugar que iremos como mochileiros,minha mãe,Anna,não gostou muito da idéia,mas, acabo deixando.Ela quando nova, não podia sair para lugar algum,meu avô era muito rigoroso, aqueles bem da roça mesmo,das antigas, que mulher para namorar da grade pra la , só de pensar nisso me dá um frio na barriga, graças a Deus vivo no seculo 21 que namoro é bem agarradinho; acho que por isso minha mãe é liberal comigo,pelo menos eu acho.
-Raphael-disse minha mãe , seu amigo ligou dizendo que a viagem sera na segunda as 7:30 da manhã.
Provalmente foi o André que me ligou, ele fico de me avisar isso.Nada como viajar 7:30 da manhã, acho que eles estão no pique das aulas ainda, isso não são horas para acordar nas férias é ném de viajar, Ouro preto não fica muito longe do Rio de janeiro,pensando bem fica sim,mais mesmo assim isso não é motivo de acordar cedo.Minha preguiça costuma me deixar resmungão, reclamar é uma das coisas que eu sei fazer de melhor..
-Alguém mais ligo mãe?
-Não filho.
-Ta então, vou para meu quarto.-disparei em direção ao meu quarto, para não haver interrogatório , do tipo 'quem vai com vocês nessa viaje, vai ter algum adulto..."coisas de mãe.
chegando ao meu quarto,liguei o computador, coloquei o fone de ouvido e lá fiquei, até a hora de meu pai,Ramon chegar. Ele não gosta que eu fique no computador até altas horas e também ele exige, que a família fique reunida na hora do jantar, coisa de gente normal , não que eu seja anormal por não gostar disso , mas, é que é tão chato e é sempre a mesma coisa,a comida posta pela minha mãe,todos sentados a mesa e mesmo dialogo de sempre..
-Amor,como foi o seu dia?-perguntou minha mãe,sorridente,com o olhar fixo e atentos para meu pai.
-Foi bem corrido, a empresa ta passando por mudanças, esta tudo uma bagunça.-disse ele, articulando as mãos,olhando por toda direção.
Eu nunca entendo minha mãe, ela faz essa pergunta, ele sempre diz praticamente as mesmas coisas e ela nunca intende nada e sempre diz:"as coisas vão melhor" e da um beijo nele.A pior parte é quando o assunto sou eu, ou quando meu pai faz perguntas sobre o que eu vou fazer,ou como foi meu dia..
-Filho! e você,animado com a viagem.- disse ele com os olhos brilhantes, como tivesse me dizendo estou fazendo minha obrigação de pai.
-Sim e não.- eu ném sei porque eu não dei uma resposta direta é tão óbivo que ele vai perguntar porque.
-Por que?
- 1.eu não sou chegado em uma mato,2.acordar cedo não é minha praia e 3.viajar de ônibus me da enjôo.- olhei para baixo,e comecei a estalar os dedos.
- Por que vai então,fica aqui podemos ir á casa de sua tia, seus primos irão estar lá.-disse ele, sorrindo , na esperança de eu aceitar a proposta dele.
-Não,pai!eu já marquei com o pessoal da escola, mesmo que eu não esteja muito animado,vai ser bom para mim sair um pouco do Rio.-abaixei a cabeça e dei uma colherada na comida.
Derrepente o silêncio reinou, essa é a parte do jantar em que eu mais gosto.Terminei o jantar, pedi licença e fui ao banheiro, tomei um banho bem rápido , escovei meus dentes e fui dormi.
No dia seguinte, acordei com os berros de minha mãe..
-Pode acordando, não significa que você esta de férias, que o senhorzinho vai dormi até 2:30 da tarde.-humrrrrrr-odeio quando minha mãe faz isso, principalmente quando ela usa esses pronomes de tratamento no diminutivo.
Levantei meio tonto, fui até o banheiro, joguei uma água na cara e desci ,tomei um café bem rápido. Pelo menos esse é um momento que não precisa de reunião familiar e fui para casa do André , acertar os detalhes da viagem.Quando cheguei ,a mãe do André ,Maria, me recebeu, com seu lindo sorriso e seus cabelos loiros longos , sua voz é tão suave , tão acolhedora . André morria de raiva quando alguém comentava da sua mãe,mas, não dá para segurar.
-Raphael, tudo bem com você? -perguntou ela , sempre sorridente.
-Estou bem.O André está?
-Ele está la em cima no computador. Não sei o que ele vê tanto nesse computador.-disse ela com um semblante que demostrava preocupação
-Estou subindo então.- é melhor ela ném saber o motivo. Coisas que fazem um garoto engrossar voz.
continua.....